O que eu não soube ser

Quando não há mais

Espaço para o que passou

O que será do quê

Ainda está por vir?

Se de tudo que passou

Um pouco ficou aqui...

Medidas são tão relativas

Seja o meu hoje, o meu amanhã

Seja o meu sorriso, minha noite,

Minha manhã

Seja minha voz, meu tormento,

Minha paz

Seja o que eu não sou ser

A noite vai embora

Para o dia amanhecer

Eles se encontram e se encantam

Na aurora e no entardecer

Mas um renuncia as atenções

Pois sabe que bem aí

O outro passa a existir

Dividir é tão relativo

Seja minha palavra, minha fé

Seja a minha alma, minha cabeça,

O meu pé

Seja luz no caminho e os passos

Seja amor, beijo e abraços

Seja o que eu não soube ser

Quando as palavras já não explicam

Não basta a mão que enxuga o seu pranto

Acariciando o seu rosto

Para não te ver chorar

Um molde é na verdade

Um limite

O inverso da liberdade

Padrões são tão relativos

Seja meu sangue, minhas veias,

Minha vida

Seja minha lembrança, meu motivo,

Meu pensamento

Seja o meu silêncio

E que tenha sentido

Enquanto sentir

Copyright © 2025 Isiely Ayres

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Tive a oportunidade de transferir meus brinquedos poéticos para a língua inglesa se por curiosidade queira ver, aí está o link para checar com esta ficou:

What I didn´t know how to be




 

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